terça-feira, 11 de junho de 2013

Não somos descartáveis

  Há tempos falamos sobre a responsabilidade de se ter um animal. Ter um animal requer tempo. Tempo para amá-lo, levá-lo ao veterinário, educá-lo, alimentá-lo, tempo para brincar e viver bons momentos ao lado do seu peludinho.

   Existe quem se encante com um filhote, se esquecendo que, assim como nós humanos, eles crescem e que suas necessidades mudam com a idade.

  Hoje vamos contar dois casos que aconteceram com o Amigos dos Bichos nessas últimas semanas.




  Era sábado de manhã, dia de feira na Coopercica, duas senhoras abordaram as voluntárias com três filhotes dentro de uma caixa, dizendo que haviam feito contato com a SOS e que foram levar os animais para adoção. As voluntárias, que não tinham o nome das senhoras na escala do dia, questionaram com quem elas haviam combinado. Antes de responder, disseram que iriam até o carro pegar potinhos para os filhotes comerem e simplesmente desapareceram, foram embora, abandonando os bichinhos na feira. Ninguém acreditou no que havia acontecido e pensaram: E agora, o que fazer? A SOS não tem abrigo e depende de lares transitórios que estão lotados, no limite! Os voluntários se uniram, em um primeiro instante cada um cuidou de um dos filhotes e agora estão abrigados juntos em um lar temporário até a adoção. Provavelmente esses filhotes devem ser da cachorra delas, que não está castrada, e que daqui há alguns meses novos filhotinhos serão abandonados sabe-se lá em que lugar. Castrar é um ato de amor! Não existe lar para todos os animais que nascem, há estudos de que a cada 10 animais que nascem na rua, 9 nunca encontrarão um lar. Então, vamos reforçar, castrem seus animais, sejamos responsáveis por eles!

  Outro caso aconteceu em uma terça-feira chuvosa. A SOS recebeu uma ligação da Guarda Municipal, que precisava de ajuda com uma cachorra amarrada no poste na Rua Pirapora. Voluntários foram até o local e encontraram uma pequena cachorrinha que, segundo testemunhas, havia sido amarrada por sua própria tutora no poste, com um cinto de roupão de banho. Quem presenciou disse que uma senhora de idade estava subindo a rua com a cachorra, quando a amarrou no poste e continuou andando, como se nada tivesse acontecido, como se tivesse colocado o lixo para fora de casa. Fizeram uma denúncia e a GM foi chamada.

  Os soldados que atenderam a ocorrência já haviam tentado pedir ajuda ao Cobema, sem sucesso, eles não puderam ajudar outro órgão da própria Prefeitura. Também tentaram ligar para familiares pedindo se alguém poderia abriga-la até a adoção e nada... sem ter mais para quem ligar, acionaram a SOS, que mesmo sem ter onde coloca-la, não conseguiu virar as costas para aquele animal, que tremia de medo das pessoas. Nós entendemos o seu medo e receio, ela acabara de ser abandonada, porque iria confiar em alguém? Depois de muita conversa e carinho, a pequena entendeu que queríamos ajuda-la e conseguimos resgatá-la. No último sábado, na feira de adoção, a cachorrinha conheceu uma voluntária que se apaixonou por ela e parece que foi recíproco, pois abanava o seu rabinho como nunca havia feito antes. Esta voluntária irá abrigá-la e com certeza será muito bem cuidada e amada.

  Estes dois casos nos levam a ter dúvida sobre a responsabilidade do ser humano quando o assunto é bichinhos de estimação. Isso precisa mudar! Animais não são descartáveis e dependem do ser humano para tudo. Vamos ser responsáveis e pensar duas vezes antes de ter um momento de insanidade, descontando seus problemas em quem não pode falar ou se defender. Animais merecem respeito!!

  Se você pensa como nós, faça a diferença! Conheça o trabalho da SOS Animais Abandonados e junte-se a nós: seja você também um voluntário! Entre muitas dificuldades, a sensação de mudar o destino de um animal necessitado é gratificante.

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